Ao longo dos aproximadamente 10 quilómetros de comprimento em que a Segunda Circular atravessa a cidade de Lisboa, esta via gera uma descontinuidade do tecido urbano que resulta num desenvolvimento topológico distinto entre a sua coroa Norte e a coroa Sul. De modo a mitigar esta descontinuidade, foram criados viadutos por onde convergem todas as circulações de natureza urbana. O viaduto do Campo Grande, que assegura a única ligação urbana entre a coroa Sul e Norte da cidade no troço compreendido entre a Estrada de Benfica e a Avenida Santos e Castro, define também um dos principais acessos viários – de escala metropolitana e nacional – à cidade de Lisboa.
O projecto tem como objectivo redistribuir e reordernar a área associada ao nó viário, de modo a gerar um espaço público qualificado e equilibrado entre as diversas formas de circulação, que contrarie o efeito barreira da segunda circular tornando a circulação mais clara, segura e fluída. O novo esquema de circulação assegura a articulação dos fluxos pedonais entre a coroa Sul e Norte, pelas laterais do Campo Grande, e ao Jardim do Campo Grande através do amplo tabuleiro central que, para além da sua importância na regulação e distribuição da circulação – pedonal e viária -, poderá acolher programação cultural, exposições ou outras utilizações temporárias como mercados, feiras ou eventos.
O esquema de circulação proposto assegura a articulação dos fluxos pedonais entre a coroa Sul e Norte, pelas laterais do Campo Grande, e ao Jardim do Campo Grande através do amplo tabuleiro central que, para além da sua importância na regulação e distribuição da circulação – pedonal e viária -, poderá acolher programação cultural, exposições ou outras utilizações temporárias como mercados, feiras ou eventos. A amplitude deste tabuleiro e a sua não ocupação com elementos ou estruturas permanentes tem como objectivo a desobstrução visual do espaço público promovendo a percepção, coesão e segurança do conjunto urbano, entre a coroa Sul e Norte da cidade.
Através da optimização viária e pedonal, a proposta para o Nó do Campo Grande permite a extensão, para Norte, do Jardim do Campo Grande até ao viaduto, de modo a recuperar o seu anterior limite que coincide com o duplo renque de árvores proposto. Nesta área é criado um prado de grandes dimensões que, para além para a fruição dos visitantes, funcionará como bacia de retenção de modo a dotar maior capacidade de gestão das águas pluviais numa zona susceptível a inundações.
Após término das obras associadas à reconfiguração viária realizadas em 2017, foi desenvolvido o presente estudo para requalificação do espaço público, entregue em 2018, após o qual foi decidido terminar o procedimento.