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Praça de Espanha

Cliente
CM Lisboa
Localização
Lisboa, Portugal
Estado
Concurso, 2017-2018
Área
6,5 ha
A proposta tem o objetivo principal de transformar a área atualmente designada por Praça de Espanha num espaço público de incontornável importância na cidade de Lisboa pela sua escala, centralidade e regulação dos fluxos naturais.
A nova praça de Espanha procura estabelecer-se como um espaço público poroso e permeável através de bolsas dispersas ao longo da sua área. Estas bolsas são simultaneamente zonas permeáveis e de atividades programáticas e funcionam como áreas de contenção, armazenamento e retenção das águas pluviais. Propõe-se um sistema que – através da reutilização e otimização das condutas do subsolo – restabeleça a função drenante da praça de Espanha e a conecte com os aquíferos existentes.
Através da criação de um pavimento de geometria ortogonal que envolve todo o prado principal pretende-se conferir a este espaço público o caráter de praça, dando sentido à sua toponímia. A praça de Espanha transforma-se num espaço receptor de fluxos e atividades em que o seu centro é uma enorme superfície vegetal disponível e permeável e poderá receber usos e atividades distintas funcionando como área de descanso, zona de jogos informais, zona de concertos de pequena dimensão ou festivais.
O pavimento que se estende em diferentes direções e que ganha uma geometria informal para a zona poente da praça, procura criar relações francas e diretas com a envolvente próxima. A poente desenvolve-se em caminhos que ligam a área central a Sete-Rios e às zonas de proximidade ao Parque de Monsanto, a nascente à avenida Santos Dumont e a sul ao jardim e à Fundação Calouste Gulbenkian. O pavimento contínuo procura estabelecer-se como um interface de características pedonais que conecta, distribui e acolhe.
O desenho do parque, com as suas múltiplas ligações procura funcionar como um elo de ligação de um sistema de Parques e Jardins que se articula com o Jardim da Gulbenkian, Jardim da Amnistia Internacional e Monsanto e Parque Eduardo VII. O estabelecimento desta ligação é particularmente importante para a rede de espaços públicos bem como por questões relacionadas com a estrutura ecológica da cidade. A criação de uma conectividade entre o vale da Avenida da Liberdade e o Vale de Alcântara vem reforçar o desejado continuum naturale.
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Autoria
HAHA Arquitectura Paisagista & José Adrião Arquitectos